segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

GHS entra para a ABNT

O sistema de segurança química no Brasil inaugurou um novo capítulo em sua história. Por meio de uma parceria entre a Abiquim (Associação Brasileira de Indústria Química) e a ABNT, o Sistema Globalmente Harmonizado para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos passou a integrar a normatização brasileira. O Acordo de Cooperação Técnica entre as duas entidades foi assinado no dia 15 de outubro oficializando, assim, a entrada em vigor da NBR 14725: Produtos Químicos – Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente.
“Além de nos encaixar na padronização mundial da classificação dos produtos químicos, a adoção do GHS no país tem como objetivo facilitar e promover a educação e a conscientização da sociedade frente à segurança química”, salienta o superintendente do Comitê Brasileiro de Química da ABNT, Clovis Sanchez.
A publicação da NBR 14725 possibilitará ao Brasil, que até então não possuía um sistema de classificação e comunicação de perigo para os produtos químicos, a implementação de uma gestão segura para essas substâncias perigosas. “Com o GHS, tem-se a expectativa de substancial melhoria na classificação dos produtos químicos, pois estaremos utilizando um sistema global baseado nas melhores classificações existentes, bem como para a rotulagem, com símbolos, pictogramas, frases de perigo e de prevenção harmonizadas”, avalia o auditor fiscal Roque Puiatti.
Com a entrada do GHS, os fabricantes terão que se adaptar às mudanças como, por exemplo, disponibilizar símbolos, informações, cuidados, prevenções e instruções em caso de risco de combustão no rótulo do produto a ser comercializado. Os fabricantes brasileiros terão até janeiro de 2011 para se ajustarem à nova normatização de rotulagem, classificação e terminologia dos produtos químicos.
A nova normatização brasileira sobre produtos químicos está sendo disponibilizada gratuitamente no site da ABNT (www.abnt.org.br) e no portal da Abiquim, sessão Normas Técnicas (www.abiquim.org.br/abnt). Para ter acesso ao documento, basta preencher um cadastro virtual.



Fonte: Revista Proteção

domingo, 13 de dezembro de 2009

IEL realiza processo seletivo para estágio na Usiminas

São 182 vagas em Minas Gerais para cursos de nível técnico e superior

Até o dia 15 de janeiro, o IEL estará recebendo inscrições para o processo seletivo do Programa de Estágio Usiminas 2010. São 350 vagas em quatro estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Em Minas são 182 vagas: 12 em Belo Horizonte, 106 em Ipatinga, 29 em Pouso Alegre e 35 em Itatiaiuçu.
Há vagas para os cursos técnicos de Administração, Automação, Civil, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Enfermagem, Fundição, Informática, Instrumentação, Logística, Mecânica, Mecatrônica, Meio Ambiente, Metalurgia, Mineração, Química, Segurança, Segurança do Trabalho, Solda.
Os cursos de nível superior contemplados são: Administração, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Comércio Exterior, Comunicação Social, Direito, Economia, Sistemas de Informação, Logística, Nutrição, Pedagogia, Psicologia, Química, Secretariado e as Engenharias: Ambiental, Civil, de Controle e Automação, de Materiais, de Produção, Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Metalúrgica, de Minas e Química.
“É pré-requisito que o aluno tenha idade mínima de 18 anos, esteja matriculado e freqüente em curso (superior ou técnico) credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) e que tenha 50% da grade curricular integral do curso concluída”, explica gerente de Estágio Empresarial do IEL, Joana Tostes Fernandes.
As provas serão feitas pela Internet. Os classificados na prova on-line participarão de etapas presenciais com dinâmica de grupo e teste psicológico. Serão selecionados três candidatos por vagas que participarão de uma entrevista na Usiminas com o gestor da área. Os alunos escolhidos iniciarão o estágio em maio de 2010. A previsão de duração do estágio é de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.
Para se inscrever no Programa Jovens Talentos Usiminas 2010, o candidato deverá acessar o site www.fiemg.com.br/iel e clicar no banner que se encontra no topo da página intitulado “Programa de Estágio Usiminas 2010”.

Fonte: Instituto Euvaldo Lodi - Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
PORTARIA N.º 107, DE 25 DE AGOSTO DE 2009
(D.O.U. de 27/08/09 – Seção 1 – Pág. 63)

Altera o item 6.6.1 e o item A2 do Anexo I da Norma Regulamentadora n.º 6.

A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO e a DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no artigo 200 da Consolidação das Leis do Trabalho e no artigo 2º da Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, resolvem:

Art. 1º Inserir no item 6.6.1 da Norma Regulamentadora n.º 06, (Equipamentos de Proteção Individual), com redação dada pela Portaria SIT n.º 25, 15/10/01, a alínea “h” com a seguinte redação:

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Art. 2º Excluir a alínea “c”, do item A2, do Anexo I, da Norma Regulamentadora n.º 6.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

RUTH BEATRIZ VASCONCELOS VILELA
Secretária de Inspeção do Trabalho

JÚNIA MARIA DE ALMEIDA BARRETO
Diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho
Fonte: MTE

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Conama aprova medidas para gestão de áreas contaminadas

A norma estabelece como medir níveis de contaminação, responsabilizando as empresas poluidoras. Ibama terá banco de dados com informações de solos poluídos em todo o País

Após quatro de análise no MMA e três de tramitação no Conama, foi aprovada nesta quinta-feira (26/11), resolução que estabelece critérios e valores orientadores de qualidade do solo, quanto à presença de substâncias químicas, incluindo diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas, em decorrência de atividades antrópicas.

A proteção do solo, de acordo com Zilda Veloso, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, deve ser realizada de maneira preventiva, a fim de garantir a manutenção da sua funcionalidade ou, de maneira corretiva, visando restaurar a sua qualidade ou recuperá-la de forma compatível com os usos previstos. Em levantamento realizado no Estado de São Paulo e concluído em novembro de 2008, foram registradas 2.514 áreas contaminadas.

Segundo o texto aprovado, o gerenciamento das áreas contaminadas deverá conter procedimentos e ações voltadas para eliminar o perigo ou reduzir o risco á saúde humana; eliminar ou minimizar os riscos ao meio ambiente; evitar danos aos demais bens a proteger e ao bem estar público durante a execução de ações para reabilitação, além de possibilitar o uso declarado ou futuro da área, observando o planejamento de uso e ocupação do solo.

Os órgãos estaduais de meio ambiente terão a tarefa de levantar os tipos de solo em seus territórios e definir os Valores de Referência de Qualidade  VRQ, que são primordiais para a definição de áreas contaminadas e de ações de controle e fiscalização a serem implementadas.

A resolução classifica os solos em quatro classes para que sejam aplicados procedimentos de prevenção e controle de sua qualidade. Além de substâncias químicas, como metais pesados - chumbo, níquel e mercúrio - a norma abrange também outras substâncias consideradas cancerígenas, presentes em diversos produtos, tais como, HPA, PCB, BTEX, organoclorados.

Os órgãos ambientais deverão criar procedimentos de investigação de áreas suspeitas de contaminação, que serão submetidas a uma avaliação preliminar para aferir a qualidade do solo. Caso seja constatado o risco para a saúde, as áreas serão declaradas contaminadas e exigidas providências para a sua remediação. Estas informações deverão fazer parte do Banco de Dados Nacional sobre Áreas Contaminadas.

Outra determinação da resolução prevê que empreendimentos que desenvolvam atividades com potencial de contaminação dos solos e das águas subterrâneas, implantem programas de monitoramento nas que estiverem em processo de descontaminação. A resolução traz, em seu anexo, tabelas de prevenção e investigação que deverão ser observados pelos estados na classificação da qualidade do solo e determinação das áreas de risco.

A aprovação da Resolução conclui um ciclo estruturante no Conama, que já possui Resoluções que tratam da qualidade do ar e da água desde a década de 80, mas ainda não dispunha de parâmetros e valores indicadores para a qualidade do solo, conforme enfatizado pela Secretária-Executiva, Izabella Teixeira, na abertura dos debates.

Esta decisão do Conselho tem abrangência nacional e uniformiza os procedimentos a serem adotados pelos órgãos ambientais competentes, em todos os estados e municípios, para determinação da qualidade do solo, níveis de contaminação e medidas de gestão das áreas contaminadas adequadas ao país. Trata-se de um marco importante para a identificação de áreas contaminadas, em defesa do ambiente e da saúde da população.

A Secretária Izabella, que presidiu os dois dias de reuniões do Conama, elogiou o empenho dos conselheiros na aprovação da proposta, que segundo ela, era um dos maiores passivos a cargo do Conselho.
Fonte: MMA

quarta-feira, 25 de novembro de 2009




O Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de Minas Gerais - SINTEST-MG estará realizando seu I Congresso de Técnicos de Segurança do Trabalho e Alunos de Curso de Técnico de Segurança do Trabalho na FENASEGUIN(vide folder ao lado) no próximo mês de dezembro no Minascentro - BH - MG.
Fonte: SINTEST / MG

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Drogas causam 20% dos acidentes de trabalho no mundo, diz OIT

Um em cada cinco acidentes de trabalho é provocado pelo consumo de drogas, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentado na Academia de Ciências Médicas de Bilbao, na Espanha. A pesquisa, divulgada na palestra "Consumo de drogas, álcool e medicamentos no trabalho", indica que os setores profissionais com as maiores taxas de acidentes são os de relações públicas, comércio e construção.

O estudo se baseia na investigação de 38 empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia durante os últimos cinco anos.

"O antigo conceito do viciado jogado pela rua está completamente defasado. Neste momento, em todo o mundo, 67% das pessoas com algum tipo de dependência química estão integradas ao mercado de trabalho, e algumas com sucesso", disse na palestra o psiquiatra Jerônimo San Cornélio, presidente da Academia de Ciências Médicas de Bilbao e um dos autores da pesquisa.
De acordo com o relatório, entre 15% e 25% dos acidentes de trabalho diários ocorrem no local onde os profissionais exercem as atividades ou em "in itinere" (deslocamentos) pela impossibilidade de manter os reflexos.

Essa incapacidade de concentração e coordenação é provocada, dizem os especialistas, principalmente pelo consumo habitual de álcool, cocaína, maconha, heroína e remédios para controlar a ansiedade em profissionais numa faixa etária entre 20 e 35 anos.

Mulheres

Segundo o psiquiatra espanhol, três razões fundamentais induzem um profissional qualificado a manter o hábito de se drogar: a atração pela substância, a fisiologia de cada indivíduo e a pressão social.

"Numa sociedade onde pesa a ideia de que só os mais preparados alcançam o sucesso, uma pessoa com problemas de autoconfiança procura estímulos externos. Neste aspecto o consumidor acaba vítima de si mesmo."

Sobre o perfil do trabalhador viciado, os homens são maioria: 75% dos casos de acidentes relacionados com o consumo de drogas são verificados entre profissionais do sexo masculino e 25% do sexo feminino.

Mas o relatório da OIT indica que a diferença está diminuindo. Na década passada os homens eram 90% dos envolvidos, contra 10% de mulheres.
Entre as características que mais delatam problemas no ambiente de trabalho relacionados com o consumo habitual de drogas estão atitudes de nervosismo, irritabilidade, falta de concentração e excessivos pedidos de dispensa.

Segundo Jerônimo San Cornélio, "um trabalhador que se droga com frequência normalmente dobra a média de dias de licença". O psiquiatra defendeu o sistema de algumas empresas que aplicam testes antidroga para funcionários que aspiram a altos cargos. "Todos somos livres para consumir o que quisermos, mas o lugar de trabalho envolve responsabilidade sobre os demais profissionais", disse.

Para o médico especialista em toxicomania, não há setores profissionais que escapem do âmbito do consumo. Pioneiro no tratamento de médicos viciados, ele disse que "as drogas estão em todas as classes sociais" e que estejam, portanto, "em todas as (classes) profissionais é uma simples questão de lógica".

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Registro de Técnico de Segurança do Trabalho

Lei 7.410/85; Portaria Nº. 262, de 29/05/2008, D.O.U de 30/05/2008.

Documentos necessários para o registro profissional:

* Requerimento específico em 02 (duas) vias, dirigido ao Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, devidamente preenchido;

* Fotocópia autenticada da Cédula de Identidade (RG);

* Fotocópia autenticada do Cadastro de Pessoa Física (CPF);

* Fotocópia autenticada do número, série e qualificação civil da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);

* Fotocópia autenticada do Diploma (para registro DEFINITIVO) ou Certificado de Conclusão (para registro PROVISÓRIO) do Curso de Técnico em Segurança do Trabalho em nível médio;

* Carteira de Trabalho para a anotação do registro.
Fonte: MTE
PORTARIA N.º 11, DE 22 DE NOVEMBRO DE 1995

O Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho, no uso de suas atribuições legais, e Considerando o disposto no art. 3º da Lei n.º 7.410, de 27 de novembro de 1985, o art. 7º do Decreto n.º 92.530, de 09 de abril de 1986, os quais determinam o Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho e Ministério do Trabalho, como condição imprescindível para o exercício da profissão;

Considerando o disposto na alínea "e" do subitem 4.1.1 da NR 4 aprovada pela Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978;

Considerando o disposto no art. 1º da Portaria MTb/SSST n.º 09, de 1º de julho de 1993, publicado no DOU no dia 02 de julho de 1993;

Considerando a necessidade de dar continuidade á efetivação do Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho, conforme julho de 1993, publicada no DOU de 03 de julho de 1993,
Resolve:

Art. 1º Fica prorrogada por mais 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação desta Portaria, o prazo para que os profissionais Técnicos de Segurança do Trabalho apresentem o Certificado de Conclusão do Curso de Supervisor ou Técnico de Segurança do Trabalho ou o Certificado de Registro de Supervisor ou Técnico de Segurança no Trabalho, acompanhado da Carteira de Identidade (RG) como comprovação para a habilitação ao exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho.

Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.

ZUHER HANDAR
Fonte: MTE

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

FAP Contribui para reduzir custo Brasil

Diretor do MPS esclarece principais pontos da aplicação do fator em 2010

O Fator Acidentário de Prevenção (FAP), criado em 2003, foi reformulado, aperfeiçoado e será implementado em janeiro de 2010. A nova metodologia tem como objetivo incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do trabalhador, estimulando individualmente cada empresa a adotar políticas efetivas de saúde e segurança no trabalho, para reduzir a acidentalidade.

A maioria investiu na saúde e na segurança dos empregados. Do total de empresas, 92,37% (879.933) serão bonificadas na aplicação do FAP no ano que vem. Somente 72.628 empresas - ou 7,62% - terão aumento na alíquota de contribuição ao seguro acidente. O que significa que precisam ampliar os investimentos em saúde e segurança no ambiente de trabalho.

O FAP será atualizado anualmente por empresa para definição de bônus, na medida em que ela investir na redução da acidentalidade. O fator é um multiplicador de 0,5 a 2,0 pontos a ser aplicado às alíquotas de 1%, 2% ou 3% incidentes sobre a folha de salários de 952.561 empresas, para financiar os benefícios concedidos aos trabalhadores decorrentes do Seguro Acidente do Trabalho (SAT).

Isso significa que a alíquota de contribuição da empresa pode ser reduzida à metade para quem investir em saúde e segurança no ambiente de trabalho; ou até dobrar, para aquelas que não tiverem o cuidado de proteger os seus trabalhadores, expondo-os a maiores riscos.

O diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional, do Ministério da Previdência Social, Remigio Todeschini, explica abaixo os objetivos, as principais mudanças e implicações da nova metodologia para as empresas e os trabalhadores, além do impacto social para o país. A aprovação do fator resulta de ampla negociação entre representantes do governo, dos empresários, dos trabalhadores e dos aposentados.

Qual o principal objetivo do FAP?
Remigio Todeschini – Com essa nova metodologia, o governo quer investir fortemente na cultura da prevenção acidentária, para diminuir o custo e as drásticas consequências de acidentes e doenças do trabalho devido a condições insalubres e inadequadas oferecidas por alguns segmentos econômicos. Se a empresa tiver acidentalidade em sua subclasse econômica acima da média, em relação às demais empresas de seu setor, terá o adicional no seguro acidente. Quem estiver em posição inferior à média, terá bonificação. O governo está estimulando o trabalho decente, mediante investimento em ambientes laborais saudáveis e com segurança.

O fator já existia? O que mudou?
Remigio – O FAP começa a existir a partir de 2010. O que sempre existiu no Brasil é a tarifação coletiva por atividade econômica, em que as empresas pagavam uma taxa fixa, indistintamente. Essa política vigorou no Brasil desde a criação do antigo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966. A nova metodologia, negociada entre todos os segmentos envolvidos, aplica a tarifação coletiva sobre cada setor econômico, considerando o grau ou o risco de acidente. A empresa que estiver abaixo da média em seu setor terá a taxa coletiva diminuída; aquela que tiver acidentalidade maior, terá a taxa coletiva do SAT aumentada. Esse sistema, que combina tarifação coletiva com tarifação individual, existe na maioria dos países.

Como o FAP foi aprovado e como foi a negociação?
Remigio –A negociação durou 90 dias, no âmbito no Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), e dela participaram representantes do governo, dos empregadores, dos trabalhadores e dos aposentados. Quero ressaltar que a nova metodologia foi aprovada por unanimidade. Portanto, não é uma medida unilateral do governo. Foi uma decisão quadripartite.

O que muda para as empresas e os trabalhadores?
Remigio – As empresas terão de rever profundamente todos os seus programas de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) a partir de agora. Elas serão estimuladas a se preocupar mais com a melhoria da qualidade de vida laboral. O fator é mais um instrumento para as melhorias ambientais, pois servirá como instrumento para aperfeiçoar a atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs), que terão um papel ainda maior na redução da acidentalidade e no melhor conhecimento dos riscos ambientais no trabalho.

Quem de fato vai pagar mais?
Remigio – Pagarão sempre as empresas que tiverem média de acidentalidade superior ao do seu setor econômico por não terem investido em prevenção. Das 952.561 empresas que integram 1.301 subclasses ou atividades econômicas, 879.933 (92,37%) serão bonificadas, e 72.628 (7,62%) terão aumento do SAT. Portanto, mais de 90% de todos os setores econômicos serão bonificados. O importante é que as empresas com o acréscimo repensem melhor suas políticas de saúde e segurança para poder diminuir nos próximos anos os índices de acidentalidade. É bom destacar que, a partir de janeiro de 2010 - data em que a nova metodologia começará a ser aplicada -, 3,3 milhões de empresas do Simples Nacional ficarão isentas de qualquer contribuição ao seguro.

A nova metodologia aumentará a carga tributária das empresas?
Remigio – Não. As empresas sempre pagaram essa taxa nos últimos 40 anos. E o reenquadramento da Tabela da Tarifação Coletiva seguiu o padrão da antiga tabela, que vigorou de 1999 até maio de 2007. As empresas já pagavam essas alíquotas há muito tempo e essa contribuição para custear acidentes de trabalho é obrigação constitucional e legal dos empregadores, mundialmente. É a mais antiga contribuição social existente no mundo. E mais: comparando com vários países, a tarifação coletiva do Seguro Acidente do Brasil vai continuar sendo uma das menores entre todos os países. No Brasil, ela está distribuída em função da acidentalidade de cada setor, conforme mostram as recentes estatísticas de acidentes divulgadas pela Previdência Social brasileira. Ou seja, paga menos quem investe mais em prevenção.

Quais os custos da acidentalidade do trabalho para o país?
Remigio – Queremos, com essa medida, diminuir o custo Brasil, impedindo que a responsabilidade dos acidentes recaia injustamente somente sobre aqueles que investem e se preocupam com a saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros. Para se ter uma ideia, em 2008, o custo com pagamentos de benefícios acidentários e decorrentes de aposentadorias especiais – insalubres, penosas e perigosas – representou R$ 11,6 bilhões. Valor que, multiplicado pelos custos indiretos (assistência médica, quebra de produção, reabilitação profissional etc.) chegou a R$ 46,4 bilhões, ou 1,8% do PIB Nacional. Para 2009, a estimativa desses gastos é da ordem de R$ 12,5 bilhões, que multiplicado pelos custos indiretos deve chegar a R$ 52 bilhões, quase 2% do PIB. Essa é uma conta feita pelas próprias empresas. E essa conta precisa ser justamente paga, para não prejudicar o desenvolvimento do país.

Qual será o impacto dessa nova política de prevenção para o Brasil?
Remigio – Precisamos incutir cada vez mais uma “mentalidade preventiva” em matéria de SST naqueles que são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento do nosso país. Não tenho dúvidas de que vai crescer a expectativa de vida dos trabalhadores, com maior permanência no mercado de trabalho. Não podemos mais assistir impassíveis o aumento do número de benefícios acidentários, mortes ou invalidez, que têm impacto negativo nas famílias, na sociedade e nas empresas.

Quem ganha com o FAP?
Remigio – Ganham todos, os trabalhadores, que serão valorizados; a Previdência Social, os consumidores e a população, pois reduziremos o custo Brasil. E ganham as empresas, que poderão atuar de forma mais tranquila, além de terem à sua disposição mecanismos mais propícios e saudáveis para a competitividade entre elas. O bônus, portanto, será de todos.

Fonte: MPAS

MTE flagra trabalhadores dormindo em curral

Contratados em duas fazendas de erva-mate no Paraná, 19 trabalhadores viviam em condições análogas à de escravo

O Grupo Especial Móvel de Fiscalização, coordenado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), libertou nesta sexta-feira (6), 19 trabalhadores encontrados em condições análogas à de escravidão nos municípios de Bituruna e Palmas, ambos no Paraná. A ação começou nesta quita-feira (5) e segue em andamento. Os trabalhadores foram encontrados em duas fazendas produtoras de erva-mate.

Em Biturana foram regatados 10 trabalhadores que não receberam equipamentos de proteção e não tinham contrato de trabalho registrado em carteira. As condições de alojamento eram precárias: uma parte dos trabalhadores dormia barracos de lona e outra no curral de cavalos.

"A impressão que tive é de que estes trabalhadores estavam sendo tratados como animais. As condições eram bem degradantes", relatou a coordenadora do Grupo, Luize Surkamp Neves.

No município de Palmas, a equipe do Grupo Móvel libertou 9 trabalhadores tambémem condições degradantes de trabalho.

Fonte:MTE

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Criado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo


Lei nº 12.064 institui também a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Data escolhida, 28 de janeiro, é homenagem aos Auditores Fiscais do Trabalho e ao motorista assassinados em Unaí (MG) durante ação de fiscalização

Foi publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União, a Lei Nº 12.064, de 29 de Outubro de 2009, que cria o 'Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo', e também a 'Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo'.

O dia 28 de janeiro foi escolhido para representar a data para homenagearAuditores Fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados em 28 de janeiro de 2004, durante vistoria a fazendas na zona rural de Unaí, Minas Gerais.

Na quarta-feira (28) o Ministro Carlos Lupi recebeu no MTE a visita dos parentes dos servidores do MTE assassinados e comentou o andamento do Processo Judicial em que se apura o caso. "Me solidarizo com os parentes das vítimas de Unaí e apoio suas questões. Farei o que estiver ao meu alcance e do Ministério do Trabalho e Emprego. Estamos participando diretamente desta luta pelo esclarecimento do crime", disse Lupi.

O projeto que originou a lei é de autoria do senador José Nery (PSOL-PA), que preside a Subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo.

Fonte: MTE

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Segundo idioma é fundamental para quem quer ter sucesso profissional


Com um mercado cada vez mais competitivo, onde o profissional deve procurar estar mais qualificado para ganhar espaço dentro das empresas, falar um segundo idioma se tornou fundamental para quem quer “alçar vôos” maiores na carreira. Dependendo da corporação, o domínio de outra língua já não é mais um diferencial, mas sim pré-requisito.

Fábia Barros, gerente do Grupo Foco, especializada em gestão pessoal, afirma que mesmo que a empresa não seja uma multinacional, o mundo globalizado exige o domínio de outro idioma para os profissionais. “A utilização de um segundo idioma será fundamental, por exemplo, para agregar conhecimento na carreira com matérias e revistas que tragam conteúdo em outras línguas, cursos, novos clientes e fornecedores, e até a possibilidade da abrangência internacional da empresa”, complementa.

A gerente de novos negócios da Companhia de Idiomas, Paula Faria, relata que, ainda hoje, o inglês é o idioma mais procurado, seguido do espanhol, entre os profissionais brasileiros. “Em nossa empresa, observamos predominância do inglês em cerca de 70 a 80% das solicitações, seguido do espanhol, que corresponde a aproximadamente 15%. Em outros casos, temos procura para outros idiomas, como o russo ou o mandarim, para preparar funcionários para uma expatriação. No entanto, essa tendência ainda é muito pequena”.

No entanto, a pesquisa “A Contratação, Demissão e Carreira dos Executivos Brasileiros”, realizada pela Catho Online com mais de 16 mil profissionais e executivos de diversos setores, mostra que somente 24,5% dos entrevistados falam fluentemente o inglês, com alguns erros, ou falam e escrevem corretamente.

A pesquisa mostra ainda que, quanto maior o nível do cargo, maior o conhecimento do idioma. Além disso, a porcentagem de profissionais com proficiência na língua aumenta em multinacionais: 13,6% deles falam e escrevem corretamente, enquanto apenas 5,5% dos profissionais de empresas nacionais possuem essa facilidade.

Saber o inglês e até dominar um terceiro idioma, no entanto, não é o fator de maior relevância na hora da contratação. A mesma pesquisa relata que em uma escala de 1 a 17, a fluência em outro idioma aparece em 15º lugar no critério de importância no processo de seleção.

Fábia Barros relata que a escolha do profissional depende do perfil pré-determinado pelo requisitante. “Mesmo em multinacionais existem oportunidades para quem não fala inglês. Quanto às características importantes, acredito que o perfil do profissional deve se adequar à cultura e valores da empresa, bem como as expectativas pessoais versus o que a empresa tem a oferecer. Visto que hoje em dia, o processo seletivo adequado acontece nas duas frentes: tanto a empresa quanto o profissional selecionam”.

Está na hora de começar

Paula Faria, da Companhia de Idiomas, relata, ainda, que o melhor momento para aprender um novo idioma é quando se é mais jovem. “Adultos e crianças aprendem de formas bastante diferentes. A criança tem maior facilidade e agilidade para aprender. Além disso, quanto mais jovem, menos influência da língua mãe na pronúncia o ser humano apresenta”.
Mas, Paula Faria diz que a premissa ‘Nunca é tarde para começar’ é valida para os mais experientes que querem iniciar outro idioma. “Para o adulto, cada novo aprendizado é uma pequena conquista. A sensação de sucesso experienciada por ele em uma situação de comunicação em língua estrangeira supera qualquer desafio que esse aprendizado lhe imponha”.

Fonte: CRA/MG

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Auditores do MTE flagram trabalho degradante em fazenda na Bahia

Entre as 14 pessoas resgatadas havia um menor, que trabalhava em roçado e plantio. Trabalhadores dormam no chão, em barracos de lona


Durante operação de combate ao trabalho escravo, Auditores Fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE/BA) encontraram um grupo de 14 pessoas trabalhando em condições análogas à de escravo, um deles menor, de 18 anos, trabalhando na limpeza de terreno para o plantio em uma fazenda.

A operação foi realizada entre 8 e 15 de outubro. Trabalhadores dormiam em barracos de lona, no chão, sem cama ou colchão. A remuneração, inferior a um salário mínimo, não havia sido paga. Os trabalhadores foram recrutados na cidade de Luis Eduardo Magalhães (BA) e em um assentamento próximo a São Desidério (BA).

por ordem dos Auditores Fiscais, os empregados receberam alimentação e foram alojados na sede da fazenda. No dia seguinte foram levados a Barreiras (BA) e indenizados. Os direitos rescisórios devidos totalizaram R$ 11.096,70. Todos receberam parcelas do seguro-desemprego especial para trabalhadores resgatados e o valor da passagem para voltarem ás suas regiões de origem. Seis autos de infração foram emitidos.

Cerâmica - Os auditores flagraram ainda um menor de idade trabalhando irregularmente em uma fábrica de cerâmicas na cidade de Santa Rita de Cássia (BA). O trabalho em olarias e cerâmicas está entre as piores formas de trabalho infantil, segundo Decreto 6.481/2008. Por ser esse tipo de trabalho vedado a menores de 18 anos, houve afastamento por rescisão indireta. A empresa pagou indenização de R$ 2.860,97 ao menor na presença dos seus representantes legais. A empresa recebeu ainda duas autuações e terá que adequar as condições de produção para saúde e segurança dos demais trabalhadores.
Fonte: MTE

sábado, 24 de outubro de 2009

Peça de andaime causou desabamento de obra em shopping de SP; 4 ficam feridos

Uma peça do andaime utilizado na obra do shopping SP Market, na zona sul de São Paulo, que desabou no início da tarde deste sábado, teria provocado o acidente, segundo informações da MPD Engenharia, construtora responsável pelas obras de expansão do local.

Ainda segundo a MPD Engenharia, ao todo, quatro operários ficaram levemente feridos. A Defesa Civil, porém, confirma apenas três pessoas feridas.

Em nota distribuída à imprensa no local, a construtora atribuiu o acidente a "uma peça do andaime da forma da laje externa que se desprendeu", provocando o desabamento.

De acordo com o shopping, os quatro funcionários foram socorridos e encaminhados a hospitais da região, mas não se feriram com gravidade. Apenas a área das obras sofreu estragos e, segundo o shopping, as lojas funcionavam normalmente na tarde de hoje.

"Todas as providências já foram tomadas e empreendimento funciona normalmente, sem oferecer risco ao público", afirmou, em nota.

No momento do acidente, ocorrido por volta das 13h20, 20 pessoas trabalhavam na obra no shopping, que fica na avenida das Nações Unidas, na altura do número 22.540.
A Defesa Civil Municipal já foi ao local e descartou a existência de pessoas sob os escombros. Mesmo assim, cães farejadores foram deslocados para as obras. O local deverá passar por perícia.
Fonte: Folha Online

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Empresa incentiva consumo de frutas durante o expediente

Os colaboradores da Knowtec agora têm hora marcada para se alimentar bem e cuidar da saúde. Lançado recentemente pelo departamento de Recursos Humanos, o Minuto da Fruta convida a todos para duas pequenas pausas diárias no expediente (às 10h e às 15h30) a fim de tornar os hábitos alimentares mais saudáveis.

A iniciativa estimula as pessoas a relaxar, conversar e - principalmente - saborear frutas da estação. Desde que foi lançada, a ação passou a fazer parte do dia a dia de todos os funcionários da empresa. "Agora como frutas diariamente, o que não acontecia antes. Em pouco tempo, já notei uma melhora na pele, além de um bem estar maior", afirma a estagiária Pollyne Marcondes.

A escolha do cardápio é feita por uma equipe especializada, que leva em conta a sazonalidade das frutas e todos os seus nutrientes. E a empresa faz ainda o reaproveitamento desses alimentos. "Também utilizamos cascas de laranja e abacaxi no preparo de chás", explica a nutricionista Fabiane Miranda Lima.

De acordo com Angela Souza, diretora de Recursos Humanos da Knowtec, o programa tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos funcionários dentro e fora do ambiente corporativo. "Nossa empresa é essencialmente composta por pessoas jovens. E, de forma geral, sabemos que os hábitos alimentares de pessoas dessa faixa-etária não são saudáveis. Nossa expectativa é que os colaboradores sigam esse novo conceito e o repasse para amigos e familiares", comenta.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vazamento de amônia intoxica 47 em indústria em Goiás


Goiânia/GO - Um vazamento de amônia ocorrido na câmara de refrigeração de uma indústria de alimentos na região metropolitana de Goiânia/GO na manhã do dia 16 de outubro provocou a intoxicação de 47 pessoas. Dois funcionários da empresa continuam internados em estado grave.
A empresa não possuia certificação de segurança do Corpo de Bombeiros e o local está interditado.
O acidente ocorreu as 8h26 na unidade da empresa Asa Alimentos localizada na cidade de Nova Veneza, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Entre os 47 funcionários da empresa que apresentaram sintomas de intoxicação e foram encaminhados para três hospitais da região, dois deles continuam internados na UTI, em tratamento de caráter preventivo, segundo informações médicas repassadas aos Bombeiros.
O vazamento do gás altamente tóxico ocorreu na câmara de refrigeração de frangos da empresa e, conforme explicou o capitão Ulisses da Silva, responsável pela ocorrência, o sistema de segurança do equipamento funcionou corretamente. "O problema foi o fato do gás ser muito tóxico", afirmou.
Segundo Silva, os sintomas apresentados pelos funcionários intoxicados foram dor de cabeça, vômito, mal-estar e dificuldades respiratórias.O capitão também explicou que a empresa não possuía o certificado de conformidade do Corpo de Bombeiros, autorização que garante as condições de segurança do local. Segundo Silva, a empresa deve regularizar sua situação para a unidade onde ocorreu o acidente poder voltar a funcionar.

Fonte: Revista Proteção

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Limpar lentes de contato com soro favorece infecções

Produto não elimina micro-organismos que podem causar de alergia a úlcera na córnea; deve-se usar solução multiúso
Lesões na córnea causadas por lentes contaminadas são uma das principais indicações de transplante entre pacientes jovens

Jornal Folha de São Paulo

O hábito de substituir as substâncias específicas por soro fisiológico na limpeza das lentes de contato pode levar a infecções ou alergias nos olhos, alertam oftalmologistas.De acordo com especialistas, o uso errado é comum -tanto por desconhecimento sobre os riscos da substituição quanto pelo preço muito superior do produto específico (conhecido como solução multiúso).

Mas o soro não limpa nem desinfeta a lente, propiciando acúmulo de bactérias, gordura e proteínas. "Pode haver alteração na superfície da córnea, os micro-organismos podem causar úlcera e até perda de visão, além de outras sequelas importantes", diz César Lipener, chefe do setor de lentes do Instituto da Visão da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

"Antigamente, os produtos para desinfecção da lente eram tóxicos para os olhos e, por isso, recomendávamos que se enxaguasse com soro. Muitos incorporaram o hábito", afirma.Segundo o oftalmologista Mário Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, as lesões na córnea causadas por lentes contaminadas são uma das principais indicações de transplante de córnea entre jovens. "A recomendação mundial para evitar problemas é limpar e conservar as lentes com soluções multiúso", diz.

Além de não desinfetar corretamente, o soro propicia problemas: a maioria dos que são vendidos em farmácia contém substâncias químicas, usadas como preservativos, que podem ser tóxicas.

"O paciente usa o produto e sente desconforto, fica com o olho vermelho, irritado. Acaba atribuindo à lente, mas, na verdade, é o soro", diz Lipener. Pela mesma razão, a prática de pingar soro diretamente nos olhos é contraindicada.

"Dependendo de como ele é armazenado, pode haver colonização de germes. Durante o banho, é feita uma boa limpeza dos olhos e dos cílios, não é preciso usar o produto no dia a dia", explica o oftalmologista Eduardo Rocha, especialista em doenças externas do Hospital Oftalmológico de Brasília.

Experiência

A promotora de eventos Bianca Maluf de Pinho, 26, já sofreu problemas sérios em decorrência do mau uso. "Eu dormia com a lente, limpava somente com soro... Como não dava problema, continuava fazendo errado", conta.

Há cinco anos, começou a sentir dores fortes nos olhos. Foi constatada uma inflamação grave na córnea. "Comecei a fazer as coisas direito, mas mesmo assim os olhos estavam debilitados e doíam com a lente."

Bianca teve de ficar cerca de seis meses sem usar lentes para cuidar do problema e, até hoje, não pode usá-las diariamente, pois sente irritação e vermelhidão. "Faço tudo certo, mas hoje meus olhos não aguentam."

Cuidados

Para evitar problemas, as lentes devem ser desinfetadas diariamente. Se o usuário tem alergia ou sensibilidade ao produto (o que ocorre raramente), é possível enxaguar as lentes com soro proveniente de pequenas ampolas de 10 ml (que podem ser descartadas) ou o do tipo não preservado -também vendido em farmácia.

Recomenda-se limpar o estojo uma vez por semana e trocá-lo a cada três meses -após esse tempo, a embalagem começa a reter resíduos que favorecem a adesão de bactérias.

Para limpar

1. Lave bem as mãos antes de manusear a lente
2. Retire-a e aplique algumas gostas da solução
3. Faça uma leve fricção com o dedo
4. Conserve-a no estojo limpo, coberta com o produto

Sob risco: mau uso de lentes pode causar problemas sérios
Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva (membrana que protege a parte branca do olho e o lado interno das pálpebras).

Úlcera de córnea: Descamação da camada superficial da córnea, que é contaminada por germes. A córnea perde a transparência, inflama-se e pode até ser perfurada.

Alergias: Substâncias se depositam na superfície da lente e algumas podem ficar impreganadas e levar a quadros alérgicos.

Edema na córnea: O uso prolongado pode levar a acúmulo de líquido da córnea – há alteração na oxigenação da córnea e a visão perde nitidez.
Fonte: CRA/MG

sábado, 17 de outubro de 2009


A Terra em alerta


O planeta esquenta e a catástrofe é iminente. Mas existe solução


Ondas de calor inéditas. Furacões avassaladores. Secas intermináveis onde antes havia água em abundância. Enchentes devastadoras. Extinção de milhares de espécies de animais e plantas. Incêndios florestais. Derretimento dos pólos. E toda a sorte de desastres naturais que fogem ao controle humano.


Há décadas, pesquisadores alertavam que o planeta sentiria no futuro o impacto do descuido do homem com o ambiente. Na virada do milênio, os avisos já não eram mais necessários – as catástrofes causadas pelo aquecimento global se tornaram realidades presentes em todos os continentes do mundo. O desafios passaram a ser dois: se adaptar à iminência de novos e mais dramáticos desastres naturais; e buscar soluções para amenizar o impacto do fenômeno.


Em tempos de aquecimento planetário, uma nova entidade internacional tomou as páginas de jornais e revistas de toda a Terra – o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar consenso internacional sobre o assunto. Seus aguardados relatórios ganharam destaque por trazer as principais causas do problema, e apontar para possíveis caminhos que podem reverter alguns pontos do quadro.


Em 2007, o painel escreveu e divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global – algo que sempre se soube, mas nunca tinha sido confirmado por uma organização deste porte. Advertiu também que, mantido o crescimento atual dos níveis de poluição da atmosfera, a temperatura média do planeta subirá 4 graus até o fim do século. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial catastrófico do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação dos oceanos e devastação em áreas costeiras.


A surpresa veio no terceiro documento da ONU, divulgado em maio. Em linhas gerais, ele diz o seguinte: se o homem causou o problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto – pouco mais de 0,12% do produto interno bruto mundial por ano até 2030. Embora contestado por ambientalistas e ONGs verdes, o número merece atenção.


O 0,12% do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, para financiar o desenvolvimento de tecnologias limpas, como pelos consumidores, que precisariam mudar alguns de seus hábitos. O objetivo final? Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que impede a dissipação do calor e esquenta a atmosfera.


O aquecimento global não será contido apenas com a publicação dos relatórios do IPCC. Nem com sua conclusão de que não sai tão caro reduzir as emissões de gases. Apesar de serem bons pontos de partida para balizar as ações, os documentos não têm o poder de obrigar uma ou outra nação a tomar providências. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser global. O fracasso do Tratado de Kioto, ao qual os Estados Unidos, os maiores emissores de CO2 do mundo, não aderiram, ilustra os problemas colocados diante das tentativas de conter o aquecimento global.


Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Produtos reciclados ficarão livres de impostos


O governo vai retirar o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) dos produtos reciclados, informou nesta quinta-feira o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc. Segundo ele, o anúncio oficial será feito ainda neste mês. Com a medida, o Planalto quer estimular a cadeia produtiva dos reciclados, que já teriam pagado impostos anteriormente, na sua forma original de produção.

"A retirada do imposto sobre os produtos reciclados é algo sobre o que converso há muito tempo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Isso é fundamental porque sem mecanismos econômicos de crédito, juros e impostos, estamos no idealismo. O meio ambiente e o clima vão avançar quando entrarem na economia real. O que significa formação de preço, política diferenciada de crédito e política tributária", disse Minc.

O ministro revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará o anúncio oficial da medida no próximo dia 29, durante um evento em São Paulo. Minc adiantou que já há conversas com o Ministério da Fazenda para que sejam retirados também os impostos sobre produtos de geração eólica e reduzidas as tarifas sobre os carros elétricos, que atualmente têm um IPI maior do que os veículos convencionais.

Outra medida em estudo pelo governo é o incentivo a cooperativas de catadores de lixo por meio do pagamento de serviços ambientais urbanos. "É um mecanismo econômico que inclui mais gente na proteção. Se a sociedade acha que uma coisa é importante, tem que valorar do ponto de vista monetário. No caso dos catadores, é estabelecer um preço mínimo de sustentação para os produtos reciclados, de maneira a impedir que eles fiquem na miséria, como na crise que derrubou o preço dos produtos", explicou Minc.
Fonte: Revista Veja

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os 20 Mandamentos da Boa Gestão

Essas são algumas dúvidas que volta e meia tiram o sono de qualquer profissional. Algumas delas são fáceis de solucionar, outras, no entanto, demandam muito esforço. Para facilitar um pouco este trabalho, desenvolvemos ao longo de nossa carreira profissional os 20 Mandamentos da Boa Gestão.

São ideias e soluções capazes de nortear a trajetória em tempos de crise, que mesmo que muitos digam que já passou, ainda afeta o dia a dia das companhias ao redor do mundo. Embora o talento prevaleça, uma gestão competente ainda é primordial. Ao adotar estas regras um gestor pode garantir além do próprio sucesso, maior rentabilidade para sua empresa, fazendo com que ambos passem pela crise sem solavancos. São elas:

1 - O mercado é absoluto: acompanhe o concorrente, mas não necessariamente siga-o.

2 - Cash is king. Jamais esqueça.

3 - Retorno sobre o capital investido será sempre cobrado. Só você será culpado se o "payback" não aparecer.

4 - Somente lucros constantes e crescentes preservam uma relação sustentada entre executivos e acionistas.

5 - Seja político, mas não faça política na empresa.

6 - A decisão sempre é financeira. Mesmo sendo estratégica, ela tem que ser respaldada por base quantitativa.

7 - Seja cuidadoso, mas transparente.

8 - Preserve sempre o brilho nos olhos.

9 - Domine os números de sua área.

10 - Entenda sempre o modelo econômico e os fatores críticos de sucesso do negócio/setor que dirige.

11 - Faça sempre o crivo das questões fiscais e legais que suportam suas decisões. Entenda o risco, mas não tenha medo de tomar a decisão.

12- Nunca abra mão dos juros. Renegocie o principal, nunca os juros.

13 - Não diga não aos acionistas, diga que é prematuro.

14 - Não leve problemas aos acionistas. Leve um diagnóstico claro do problema, sua recomendação para solucioná-lo, os resultados esperados e um plano de ação.

15 - Você pode ter a caneta, mas o tinteiro está com os acionistas. Use a exata quantidade de tinta que lhe é dada, nem mais nem menos. Seus resultados é que vão lhe assegurar uma quantidade crescente de tinta.

16 - Seu aprimoramento profissional deve ser constante.

17 - Formação acadêmica é essencial. Não pare nunca de estudar, formal e informalmente.

18 - Tenha “hobbies" e amigos fora do seu dia a dia de trabalho. Construa "network" dentro e fora do setor que você atua.

19 - Tenha sempre empatia.

20 - Foque sempre no "red issue" (o que está tirando seu sono). Energia é escassa e deve ser usada com foco.

Seguindo essas dicas, você terá um caminho mais promissor. Só uma última dica: esteja alinhado com seu objetivo 24 horas por dia, 7 dias por semana, o ano inteiro.

Fernando Portella é CEO da Organização Jaime Câmara, maior grupo de mídia do Centro-Norte do Brasil e conselheiro da Oi, Iguatemi Empresa de Shopping Center e da Intermédica Sistema de Saúde. É ex-vice-presidente do Citibank Brasil e ex-CEO do Grupo O Dia de Comunicação.
Fonte: CRA/MG
MTE estabelece requisitos para fabricação de EPIs

Documento lista requisitos específicos para EPIs destinados à proteção da face, olhos, mãos, ouvidos, vias respiratórias e contra efeitos de calor, chamas e radiação

Foi publicada esta semana a Portaria nº 121, em que o Ministério do Trabalho e Emprego estabelece normas técnicas de ensaios e requisitos obrigatórios dos equipamentos de proteção individual (EPI). Entre os princípios obrigatórios na concepção e fabricação de EPI descritos no documento estão o dever de propiciar o nível mais alto possível de proteção, levar em consideração conforto e facilidade de uso, não acarretar riscos adicionais, de fácil utilização, permitir liberdade de movimentos, ser tão leves e o mais resistente possíveis.

Os certificados de aprovação dos EPI têm os prazos de validade prorrogados para 7 de junho de 2010. Fica prorrogada para 31 de dezembro desse ano a validade dos certificados que tiveram vencimento entre 2 de outubro e 31 de dezembro de 2009.
O fabricante e o importador devem garantir e comprovar que o EPI foi concebido e fabricado em conformidade com o anexo I da portaria, por meio de laudos, especificações técnicas e certificações.

Na portaria também há requisitos específicos para EPIs destinados à proteção da face, dos olhos, das mãos, dos ouvidos, das vias respiratórias, contra efeitos de calor, chamas e radiação, entre outros.

Os manuais de instruções devem estar em português e conter instruções sobre o uso, armazenamento, higienização e manutenção corretos; tempos máximos de uso; vida útil e periodicidade de substituição, entre outros.
DuPont Realiza Seminário sobre Higiene Ocupacional em São Paulo

Entre 19 e 21 de outubro, a divisão DuPont Safety Resources realizará em São Paulo a quarta edição do seminário de Estratégia de Amostragem de Agentes Ambientais com o objetivo de atender uma demanda específica de profissionais da área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde e higienistas ocupacionais. O evento acontecerá no Hotel Staybridge Suítes, no Itaim Bibi, em São Paulo (SP). O curso contará com o expertise de dois renomados profissionais da DuPont: Mario L. Fantazzini, consultor especialista sênior da DuPont Safety Resources – Engenheiro Mecânico e de Segurança e Higienista Ocupacional certificado, que atua na especialidade há 34 anos, e Anis Saliba, gerente de Desenvolvimento da DuPont Safety Resources – Engenheiro Eletrônico e de Segurança do Trabalho, com atuação em Higiene Industrial e Análise de Riscos há 20 anos.

FAP - Fator Acidentário de Prevenção

A proteção acidentária é determinada pela Constituição Federal - CF como a ação integrada de Seguridade Social dos Ministérios da Previdência Social - MPS, Trabalho e Emprego - MTE e Saúde - MS. Essa proteção deriva do art. 1º da Constituição Federal que estabelece como um dos princípios do Estado de Direito o valor social do trabalho. O valor social do trabalho é estabelecido sobre pilares estruturados em garantias sociais tais como o direito à saúde, à segurança, à previdência social e ao trabalho. O direito social ao trabalho seguro e a obrigação do empregador pelo custeio do seguro de acidente do trabalho também estão inscritas no art. 7º da CF/1988.

A fonte de custeio para a cobertura de eventos advindos dos riscos ambientais do trabalho - acidentes e doenças do trabalho, assim como as aposentadorias especiais - baseia-se na tarifação coletiva das empresas, segundo o enquadramento das atividades preponderantes estabelecido conforme a SubClasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE. A tarifação coletiva está prevista no art. 22 da Lei 8.212/1991 que estabelece as taxas de 1, 2 e 3% calculados sobre o total das remunerações pagas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos. Esses percentuais poderão ser reduzidos ou majorados, de acordo com o art. 10 da Lei 10.666/2003. Isto representa a possibilidade de estabelecer a tarifação individual das empresas, flexibilizando o valor das alíquotas: reduzindo-as pela metade ou elevando-as ao dobro.

A flexibilização das alíquotas aplicadas para o financiamento dos benefícios pagos pela Previdência Social decorrentes dos riscos ambientais do trabalho foi materializada mediante a aplicação da metodologia do Fator Acidentário de Prevenção. A metodologia foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS, (instância quadripartite que conta com a representação de trabalhadores, empregadores, associações de aposentados e pensionistas e do Governo), mediante análise e avaliação da proposta metodológica e publicação das Resoluções CNPS Nº 1308 e 1309, ambas de 2009. A metodologia aprovada busca bonificar aqueles empregadores que tenham feito um trabalho intenso nas melhorias ambientais em seus postos de trabalho e apresentado no último período menores índices de acidentalidade e, ao mesmo tempo, aumentar a cobrança daquelas empresas que tenham apresentado índices de acidentalidade superiores à média de seu setor econômico.

A implementação da metodologia do FAP servirá para ampliar a cultura da prevenção dos acidentes e doenças do trabalho, auxiliar a estruturação do Plano Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador - PNSST que vem sendo estruturado mediante a condução do MPS, MTE e MS, fortalecendo as políticas públicas neste campo, reforçar o diálogo social entre empregadores e trabalhadores, tudo afim de avançarmos cada vez mais rumo às melhorias ambientais no trabalho e à maior qualidade de vida para todos os trabalhadores no Brasil.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

VISITA TÉCNICA - 4º MÓDULOS (Vespertino e Noturno)

Os alunos do curso técnico de segurança do trabalho (Escola Técnica) estarão participando de visita técnica na barragem da Copasa no município de Juramento-MG, com objetivo de conhecer os procedimentos para captação e tratamento de água para a cidade de Montes Claros. Abaixo a programação e investimento:
Data: 24/10/2009 (sábado)
Saída: Praça da Tecnologia às 08:00h
Retorno: Praça da Tecnologia às 14:00h
Investimento R$ 10,00 (que deverá ser pago na monitoria do curso)